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Mercado de Trabalho

A Odontologia tem se incluído de forma mais representativa nas políticas públicas de saúde ao longo dos últimos anos e o seu caráter multidisciplinar tem conferido ao estudante um amplo domínio da prática clínica, permitindo gerar e disseminar novos conhecimentos dentro da sua área de atuação.
Apesar das mudanças no curso de Odontologia, o Brasil apresenta uma elevada quantidade de dentistas no mercado em comparação a outros países do mundo, mas, ainda sofre  com a dificuldade de acesso de boa parte da população aos serviços odontológicos, devido, sobretudo, a distribuição regional dos profissionais, já que nesse competitivo mercado de trabalho mais da metade dos dentistas trabalham como autônomos, em atendimentos particulares, nas grandes cidades do país. 

 

Profissionais no mercado     

 

O Brasil apresenta cerca de 19% do total de dentistas existentes em todo o mundo. Existem cerca de 219.575 profissionais cadastrados em todo o Brasil. Desse total, cerca de 59% estão na região Sudeste, sendo que o estado de São Paulo é o que detém a maior quantidade de profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: EPSM a partir do Censo Demográfico do IBGE (2010).

 

 

 

  • Distribuição da razão do número de Cirurgiões-dentistas por mil habitantes por UF:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: EPSM a partir do Censo Demográfico do IBGE (2010).

 

Exigências para atuar na profissão    

 

  • Ter diploma de graduação em Odontologia.

  • Estar registrado no Conselho Regional de Odontologia.


Regulamentação    


Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966.

 

Média Salarial

 

Atualmente, o piso salarial nacional do cirurgião-dentista é de R$ 9 mil por 20 horas semanais, conforme a Lei 3.999/61, revisada e aprovada em 2013. Mas, de acordo com dados de um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em 2013, os cirurgiões-dentistas têm uma remuneração média de R$ 5.367 mensais, com dedicação média de 38,24 horas por semana. 

Todavia, a renda dos dentistas varia bastante de acordo com a região do País, sendo constatado através do relatório “Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-Dentista Brasileiro” desenvolvido pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Federal de Odontologia e por outras organizações, que as maiores remunerações para os cirurgiões-dentistas, por hora, são para os profissionais do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Acre e São Paulo.

Com relação ao dentista assalariado, o ganho varia entre R$ 1.800 e R$ 5.600, com média nacional de R$ 3.078. O valor parece abaixo da média, mas é importante salientar que é comum dentistas trabalharem em mais de uma clínica, fazendo com que essa média salarial aumente.

Os rendimentos podem ser superiores ao piso dependendo do tipo de inserção do profissional no mercado e decorrentes do tempo de formação e atuação profissional, conforme os dados a seguir:

 

  • Ganho inicial (média mensal)    


Estima-se em cerca de R$ 2,5 mil, mas pode variar de acordo com a carga horária semanal e o local de trabalho.
 

  • Ganho escalão intermediário (média mensal)  

  
O ganho varia entre R$ 3,4 mil a R$ 5 mil.

 

  • Ganho no auge (média mensal)    


Cerca de R$ 5 mil a R$ 12 mil, de acordo com área de atuação, horário de trabalho e investimento na profissão. A maioria dos profissionais com ganho acima de R$ 10 mil, apresentam serviço autônomo, por meio de atendimentos particulares, ou apresentam ganho decorrente de aprovação em concursos. 

 *Alguns profissionais superam essa média mensal, outros mantêm a média intermediária por toda a carreira.

 

Perfil do formando

 

O Curso de Graduação em Odontologia tem como perfil do formando egresso/profissional o Cirurgião-Dentista, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico e científico. Capacitado ao exercício de atividades referentes à saúde bucal da população, pautado em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade.

 

Demografia da força de trabalho

 

A maioria das profissões da área da saúde passaram por um rejuvenescimento no período compreendido entre os anos 2000-2010, basicamente em função do crescimento de vagas no ensino superior, o que implicou em mais profissionais jovens entrando no mercado de trabalho. Todavia, entre os cirurgiões-dentistas ocorreu exceção quanto a este processo de rejuvenescimento, o que pode estar relacionado a um baixo crescimento de egressos, mas também a um perfil diferenciado destes, que pode ser, em média, mais velho do que o perfil das demais profissões.

Além disso, as pirâmides abaixo sugerem que, entre 2000 e 2010, ocorreu uma ampliação da proporção de mulheres na odontologia, saltando de 50,1% para 57,7% o número de profissionais femininas.

 

      (2000)                                                               (2010)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: EPSM a partir do Censo Demográfico do IBGE.

 

Atividades do início de carreira


O profissional inicial sua atuação como clínico geral, realizando procedimentos de periodontia (tratamento das doenças que acometem a gengiva e o osso que dá sustentação aos dentes), dentística (restaurações), endodontia (tratamento da polpa dentária), próteses e pequenas cirurgias.
 

Evolução Profissional


Com a experiência, o cirurgião-dentista pode seguir carreira docente, abrir uma clínica com outros profissionais ou o próprio consultório, atuar em programas governamentais destinados à saúde bucal e na indústria, com desenvolvimento e divulgação de produtos odontológicos.

Auge da carreira 

  
Em média, seias a oito anos após a formatura. 

 

Perspectiva de emprego no setor público


Há pouco mais de 10 anos a Odontologia passou a ser um dos programas prioritários do Ministério da Saúde, o que se traduz em investimentos, gastos e custeio. Isso reflete diretamente em uma maior demanda por esse profissional pelo setor público nos próximos anos. Apesar do Brasil ser considerado atualmente pela OMS como um país com baixo índice de cárie, ainda existe a polarização da doença em determinados grupos populacionais que apresentam índices muito altos de doenças bucais, especialmente entre as camadas menos favorecidas da população. 

Nos últimos anos, com programas de governo como o Programa Saúde da Família (PSF), as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Centro de Especialidades Odontológicas (CEOs) têm se incorporado um grande contingente de profissionais, o que aumentou a oferta de empregos no setor público, refletindo o extenso caminho que ainda há de ser percorrido pela Odontologia através do Sistema Único de Saúde.

 

 

Dicas     

 

  • As pesquisas na área da Odontologia crescem a cada dia e proporcionam novos produtos, novas técnicas, novas abordagens e novas implicações na manutenção da saúde bucal para melhor saúde geral. Estar sempre atualizado garante a inserção no mercado de trabalho com um diferencial significativo na qualidade do tratamento oferecido e na satisfação do cliente.

  • É importante que mesmo o especialista busque atualização constante. Cursos de especialização e extensão profissional, além da leitura frequente de periódicos nacionais e internacionais de sua área de atuação, são essenciais.

  • O profissional deve ter conhecimento em clínica geral, mas também em uma ou duas especialidades, para ter mais oportunidades no competitivo mercado de trabalho.

 

 

Fontes:  

A trajetória dos cursos de graduação na área da saúde (1991-2004)/INEP

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)/Ministério da Educação (MEC), dados de 2010;

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA);

EPSM - Censo Demográfico do IBGE (2010);

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), dados de 2010;

Conselho Federal de Odontologia;

© 2016 por Estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde - Universidade Federal da Bahia.

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