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História da Odontologia

 

A história da Odontologia desenvolveu-se juntamente com a história da Medicina, tendo seus primeiros registros na pré-história, na Mesopotâmia, através de manuscritos egípcios, que, assim como na Medicina, associavam-se os problemas orais aos castigos ou maldições.

Nos estudos feitos por Hipócrates (pai da Medicina), há registros sobre alguns problemas bucais.

Durante um período na história, a odontologia foi exercida de forma diferente do modelo atual, onde suas funções eram desenvolvidas por barbeiros e sangradores, e, posteriormente era exigida uma prova para poderem praticar qualquer intervenção cirúrgica.

No século XVIII, o considerado pai da odontologia moderna, Pierre Fauchard (1678-1761) com a obra “Tratado dos dentes para um cirurgião dentista”, foi extremamente importante para o desenvolvimento da fase científica da odontologia. E, na mesma época, se destacou tornando-se cirurgião dentista.

No século XIX, a odontologia chegou na América por conta de três importantes eventos: a fundação da Society of Dental Surgeons em Nova York, a publicação do primeiro jornal especializado o “The American Journal of Dental Science” e a primeira escola de odontologia da América em Baltimore, Marilândia, EUA.

 

Odontologia no Brasil

 

Na era da pré-colonização, não há registros sobre a prática da Odontologia no Brasil, uma vez que, foi a partir do processo de colonização que o Brasil começou a ter pessoas capacitadas para exercício da função.

Em 9 de Novembro de 1629, com a carta Régia de Portugal, surge a primeira legislação Portuguesa referente a Odontologia.

Em 12 de Dezembro de 1631, houve uma reforma no regimento da profissão, onde se estableceu que os barbeiros que fizessem os procedimentos e não tivessem a devida licença poderiam ser presos ou pagar multas. Essa licença era conferida pelo Cirurgião-mor, Mestre Gil.

No século XVIII, surgiu como herói Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), conhecido como Tiradentes, que exercia a função de dentista. Acredita-se que ele aprendeu o ofício da odontologia com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião. Além de tirar dentes, ele esculpia em ossos de canela de boi ou marfim coroas para colocar nos lugares em que os dentes tinham sido arrancados. Tiradentes foi considerado o “Patrono da Odontologia”.

Em 23 de Maio de 1800, o príncipe regente D. João IV assinou um documento que exigia que o profissional dentista (palavra citada pela primeira vez, uma vez que até aquele momento só se referiam aos profissionais como barbeiros ou sangradores) devia se submeter a uma avaliação de conhecimento de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos para exercer a profissão.

No início de 1808, houve um grande progresso por conta da chegada da nata da sociedade portuguesa e o príncipe regente D. João VI, fugindo das tropas francesas. Com a chegada de D. João VI para o Rio de Janeiro, a responsabilidade pelo controle do exercício da profissão ficou por conta do Cirurgião-mor do exército José Correia Picanço.

Em 15 de Fevereiro de 1811, foi concedida a primeira licença para exercício da profissão por um português, e em 18 de Julho de 1811 o primeiro brasileiro recebeu a licença.

Em 1820, o Cirurgião-mor concedeu a autorização para o exercício da função no Rio de Janiero ao francês Eugênio Frederico Guertin, diplomado pela faculdade de Odontologia de Paris, podendo fazer todos os procedimentos necessários.

Em 30 de Agosto de 1828, D. Pedro I passa as funções do Cirurgião-mor para as Câmaras Municipais e Justiças Ordinárias.

Em 1849, o francês Clintin Van Tuyl publica um livro com citações de clorofórmio para a anestesia.

Em Setembro de 1869, surgiu a primeira revista odontológica: “Arte Dentária”.

Em 25 de Outubro de 1884, foi oficialmente criado o curso de Odontologia no Brasil, através do decreto n° 9311, por Vicente C.F. Sabóia e Thomas Gomes dos Santos Filho, nas Faculdades de Medicina da Bahia e no Rio de Janeiro. O curso tinha três séries:

1° série: Física, Química mineral, Anatomia descritiva e Topografia da cabeça;

2° série: Histologia dentária, Fisiologia dentária, Patologia dentária e Higiene e boca;

3° série: Terapêutica dentária, Cirurgia e Prótese.

Esta data ficou marcada como o Dia do Cirurgião Dentista Brasileiro. Isabela Von Sidow foi a primeira mulher a se formar em odontologia no Brasil em 1889.

A faculdade de odontologia tornou-se autônoma em 1933, com a sua inauguração em 1934.

Em 1967, o curso de odontologia passou a ter no mínimo 4 anos, sendo reformulado anos depois por meio de leis e decretos.

 

 

Fontes:
Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista - Regional APCD. Disponível em: <http://www.acdbs.com.br>
Associação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas Seção Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.abcd-rj.org.br/index.htm>. 
Silva, RHA da; Sales-Peres, A. Odontologia: Um breve histórico. Revista Clínico-Científico, Recife, Vol. 6, págs: 7-11, jan-mar 2007. Disponível em: <www.cro-pe.org.br>

Histórico

© 2016 por Estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde - Universidade Federal da Bahia.

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